2 de Maio de 2021
Diálogo sobre o Sentido da Vida com João Carlos Silva
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João Carlos Silva nasceu em 1963 e aprendeu a ler com 4 anos de idade, lendo revistas de banda desenhada do Tarzan, do Super-Homem e dos super-heróis da Marvel. Desde cedo se apercebeu que sofria de uma doença rara chamada Amor à Sabedoria, a qual o levou desde miúdo a sonhar dedicar-se à ciência pura como forma de a tratar. Acontece que na adolescência leu, no seu manual de filosofia do 10o ano, um poema de Fernando Pessoa sobre essa única realidade que é o mistério e ficou assombrado por descobrir que, na verdade, desde que se conhecia por gente que nada mais lhe interessava do que tentar saber quem era, de onde vinha, onde estava, o que era tudo isto e por que razão tudo isto existia. Descobriu então que essas questões fundamentais, assim como muitas outras do mesmo género, tais como saber se Deus existe, se a vida tem sentido, o que são a verdade, o conhecimento, o bem, a beleza e a justiça, ou como devemos viver, questões que sempre o tinham interpelado e a que queria dedicar a vida a investigar, não eram afinal questões científicas mas sim filosóficas. Foi assim que descobriu que a sua loucura tinha um nome e resolveu transformar essa vocação natural num projeto de vida, consubstanciado numa formação académica e numa profissão. Se era naturalmente filósofo, resolveu assumir-se como tal, sair do armário e dedicar-se de corpo e alma à procura da sabedoria. Assim, cursou filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa e veio a tornar-se professor de filosofia, profissão que exerce há 30 anos, tentando socráticamente despertar outras almas a tomarem consciência da sua ignorância a fim de as seduzir para a causa de uma vida examinada dedicada à busca da sabedoria. E como a doença que o aflige é crónica e grave, manifestando-se de múltiplas formas mas nunca deixando de o possuir, pode dizer-se que viajou, apaixonou-se, namorou, leu, pensou e viveu sempre profundamente apaixonado pela sabedoria e pela vida, pela sabedoria da vida e pela vida dedicada à sabedoria. Inspirado em tais paixões da alma, foi escrevendo pelo caminho alguns livros de filosofia, todos dedicados à deusa da Sabedoria, e um livro de poesia, dedicado à mulher de carne e osso da sua vida e sua imortal musa poética. E como sabe que a doença que lhe consome o espírito e lhe dá sentido à vida estará consigo até final dos seus dias, continua a cultivá-la com amor dedicado e obcessivo, preparando-se para editar mais um livro de filosofia onde dará conta ao mundo do estado actual da sua interminável viagem filosófica em busca da sabedoria.
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Para uma panorâmica geral da investigação filosófica contemporânea sobre o Sentido da Vida ver a entrada “Meaning of Life” da Stanford Encyclopedia of Philosophy. Link aqui.
Artigos
“Os sentidos das vidas”, Susan Wolf
“O sentido da vida”, Desidério Murcho
“A religião e o sentido da existência”, Álvaro Nunes
“Desejo e sentido da vida”, Simon Blackburn